26 de março - Poupar a vida do inimigo (I Sm 25-27)

Os relatos estão muito bem colocados dentro da narrativa do livro de I Samuel. Após o evento de Queila podemos observar que começa uma grande perseguição de Saul a Davi. Eu diria que é a última parte da preparação de Davi para assumir o trono. Ao saber a localização de Davi Saul resolve persegui-lo para pôr fim a sua vida. Os sentimentos de ameaça cresceram mais com a notícia da invasão de Queila e como davi tinha livrado das mãos dos filisteus e que ele estava na cidade.
Uma possível ameaça para um conquista de terra mesmo que pequena incomodava o reino todo. Relatos do capítulo vinte e três mostra que por alguns momentos Saul poderia ter conseguido destruir o seu inimigo (I Sm 23.26-28). A intervenção divina livrou Davi de uma morte certa. Segundo o comentário de Champlin diz que A montanha onde Davi estava já estava cercada pelo exército de Saul e ele não tinha como escapar a não ser pela intervenção da notícia da invasão de Israel pelos filisteus. Josefo nos coloca duas situações que vem nos acrescentar a essa passagem. O possível encontro entre Jônatas e Davi poderia ter sido um dos motivos da fuga de Davi da cidade de Queila. Não temos notícias bíblicas sobre esse fato a não ser se recorramos ao Talmud ou a Josefo. O que tudo indica que Jônatas estava consciente de que Davi seria o próximo rei de Israel. E que o trono era seu por direito.
Uma suposta ameaça de ladrões salvam a vida de Davi por pouco tempo das mãos de Saul. A perseguição volta com um número grande para perseguição a Davi. Talvez Saul temesse a determinação e a ousadia de davi em campo de batalha e por isso o grande número.

1 - A misericórdia para com o inimigo.

Em I Sm 24.2-3 mostra uma situação um pouco inusitada. A expressão “cobrir os pés”  é um pouco constrangedora e ao mesmo tempo motivos de curiosidade. A expressão tem o significado de fazer as necessidades básicas. A tradição da época devido aos longos vestidos da época quando tinham que fazer suas necessidades enrolavam até cobrir toda a parte de seu corpo deixando nada amostra. A caverna no vale de En-Gedi servia para os pastores abrigarem seus rebanhos das noites frias assim, protegendo-os de todo o perigo da noite. A caverna servia também para os pastores os quais dormiam juntamente todo o rebanho e se protegendo do frio. Mais uma vez os dois inimigos se encontram em situação próxima. Saul entra na mesma caverna que Davi estava e a chance de morrer passou a ser de Saul.
Apesar de ser tentado pelos seus liderados Davi temia o cargo de Saul. Não por ele merecer mas, por ser colocado por Deus naquele lugar. Josefo coloca em História dos Hebreus que Davi não via outra forma de matar Davi sem ferir a grandeza e  vontade de Deus. Champlin ao se referir ao versículo 5 de I Samuel vinte e quatro demonstra que um dos principais motivos desse arrependimento seria a possibilidade que Davi teve de matar a Saul. A orla do manto foi apenas um punhado para mostrar a Saul que a sua vida era preciosa para Davi. E mesmo que Deus o tentasse jamais ele se levantaria contra a vida de um ungido de Deus.
Apesar do livramento os zifeus tentam novamente a Saul para que os pudessem recompensá-los por causa da informação sobre Davi. Josefo escreveu que os zifeus foram bem recompensados por Saul pelas informações prestadas no deserto próximo de Zife e novamente Davi voltava para aquela região. Ao contrário das outras vezes,, Davi percebe e vê a aproximação de Saul e envia os seus espias.
A confiança de estar em território israelita provavelmente deixou todo o exército de Saul bem a vontade é não montaram a guarda devida em época de guerra. A guarda do rei era de exclusividade do capitão do exército e seus principais soldados o que Abner falhou para com o seu rei. Davi conhecia a formação do acampamento de Israel por anos serviu dentro desse acampamento e sabia onde ficava a tenda de Saul. Ao pegar a lança de Saul em sua mãos mais uma vez mostra que a sua recompensa viria do alto e não por seu esforço próprio.

2 - Compaixão.

Davi demonstrou a inteira compaixão e fidelidade ao seu rei. Apesar de todos os conselhos de seus soldados para se ver livre de Saul ele se manteve firme naquilo que ele acreditava e poupou a vida de seu rei. Davi jamais conseguiu ver Saul como o perigo para ele. Apenas não conseguia compreender o verdadeiro motivo de todo o movimento para a sua morte. Após dos dois incidentes entre Davi e Saul o arrependimento de Saul para com Davi parece ser verdadeiro voltando assim, tempo mais tarde a fazer parte novamente de uma perseguição sem fim.
Saul sabia e tinha o total conhecimento que Davi seria rei através de suas atitudes para com Deus. Para defender sua possível sucessão ao trono através de Jônatas seria pôr um fim na ameaça visível (I Sm 24.20). As palavras do próprio rei fizera com que a profecia a respeito de Davi pudesse se cumprir de forma natural. Desde o momento da batalha contra Golias Davi poderia ter assumido o trono ou quando os cânticos das mulheres israelitas e sua grande fama era reconhecida diante de todo o povo. Ações verdadeiras e atitudes humilde foi a grande diferença entre Saul e Davi.

Mesmo após fazer concerto com as palavras de Saul pedindo para que Davi voltasse a corte e que ele poupasse a vida de seus descendentes depois de morto. Ficar na terra de Israel para Davi seria uma ameaça constante e voltar a corte é o ponto mais fraco de todo a sua nação. Sem chances para ter sucesso resolve voltar para a Filístia e viver com o rei Aqui.

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