23 de Março - Preparação de um líder (I Sm 16-18)

O reinado estava completamente comprometido com os erros de Saul para com Deus. A falha no capítulo quinze fora crucial para a vida de Saul desprezo total do Senhor para com a pessoa do rei. Quando paramos para observar as duas passagens sobre a nomeação de Saul e de Davi por Deus. Encontramos duas palavras distintas. Em I Sm 9.16 lemos as palavras de Deus para o profeta Samuel para nomear Saul. “O qual ungirás a capitão”, essa palavra se formos analisada dentro do hebraico é Naguid o que significa comandante, líder pessoa apta para governar em tempo de guerra. Ao contrário da passagem de I Sm 16.1 “me tenho provido de um rei”, a palavra Melech literalmente vem dar ênfase com a realeza, traduzida por rei.
Uma passagem no livro de Oséias (Os 13.11) é interessante e vem demonstrar o real motivo da diferença dessas duas palavras. O mandamento de Deus era para ser um povo teocrático, mas, o Eterno tinha o conhecimento de que o povo iria pedir um rei. As linhas dentro de I Sm 8 e 9. Deixa claro que o abandono do povo estava para as leis de Deus e não para um profeta. O abandono e o descaso das coisas religiosas motivadas pelos filhos de Samuel que eram mais aos olhos de Deus e do povo. Voltemos agora ao primeiro livro (Gn 49.8-12), dentro das bênçãos de Jacó aos seus filhos uma vêm falar diretamente sobre o reinado. Judá estava diretamente relacionado ao reino de Israel e todo o poder do povo estaria sobre as suas mãos. Saul era descendente de Benjamin, logo a promessa o direito não poderia estar sobre a sua vida e sim sobre um descendente de Judá.
Entramos agora na história de David, admirado por muitos cristãos e idolatrado pelos judeus. Não temos a ideia da idade correta de David ao ser ungido a rei, mas, podemos fazer algumas suposições. Alguns acreditam que David não era tão moço como se imagina acreditam alguns dentro das fontes judaicas dizem que ele teria em média 29 anos de idade. O que colocaria ele apto para a batalha em tempos de guerra. John Gill supõe que David teria 20 anos de idade o que colocaria ele no início de sua carreira militar. Todos concordam que ele não tinha nenhuma forma física que o qualificaria com o rei de uma nação. Deus não vê da forma como o homem vê (I Sm 16.7), esse foi a mensagem principal de Deus para a vida de Samuel durante a visita a casa de Jessé.


1 - Ato digno de um rei (I Sm 17).


David e Saul se conhecia ou pelo menos era para se conhecerem. Logo após a consagração de Davi a rei de Israel. lemos que o Espírito do Senhor deixou Saul e um espírito maligno passou a perturbá-lo. Josefo comenta na História dos Hebreus que o espírito queria esganar a Saul e que todos os grandes médicos não tinham encontrado solução para a vida do rei. Quando resolvem chamar um músico para acalmar a vida de Saul. Josefo coloca que seriam músicas sacras que falavam a respeito de amor a Deus.
        Mas, o principal ponto o qual coroa o início da história de David é o seu confronto com Golias. Ao visitar seus irmãos no campo de batalha Davi se depara com a situação do exército de Israel. Acovardados sem apoio talvez dos sacerdotes para o sacrifício a Deus pedindo proteção na hora da batalha. Encontramos um povo com um medroso rei se escondendo de uma luta. Ao aceitar o desafio Davi se pôs no seu lugar de rei para liderar o povo. Saul ao dar sua armadura estava abrindo mão de seu reinado e passando a outra pessoa.
         Confiança em Deus, esse foi o segredo do pequeno que não era tão pequeno como muitos pensam Davi. Ao enfrentar Golias colocou a sua fé toda naquilo que ele acreditava. Erros teológicos nas pregações nos levam a crer que a pedra matou Golias. Mas, em I Sm 17.51 temos a certeza de que a sua própria espada o matou. David como ungido de Deus libertou o povo da escravidão e deu novamente liberdade. Saul enciumado dos atos de David em campo de batalha se esconde cada vez mais em seu declínio.
Davi se comportava como um guerreiro destemido e sábio ao ser posto diante da guarda real.


2 - O amor de dois homens (I Sm 18)


Pelos textos bíblicos podemos ter a ideia de que Jônatas era o principal herdeiro ao trono de Saul. Jônatas não era muito diferente de Davi. Tinha em seu coração o confiança em Deus e queria o bem da nação de Israel. O primeiro a declarar guerra aos filisteus, era tido como um verdadeiro herói do povo. Podemos analisar que com as ações de proteção e benevolência que Jônatas prestou a David no dia em que se conheceram (I Sm 18) decretou o que viria a acontecer.
Os movimentos homossexuais usam a passagem para dar ênfase a um relacionamento gay dentro da bíblia. Mas, dentro dos textos originais vamos ver o verdadeiro sentido. A palavra que fora traduzida por amor é “ahab”, ele pode representar o amor sexual entre duas pessoas de sexo oposto, como também ter atração ou amizade por alguém. Para combater o grande erro da classe LGBTI está no uso do verbo podemos interpretar amor também pela palavra “ohab” a qual aparece apenas duas vezes nos textos originais e todas elas estão ligadas diretamente a relações sexuais ilícitas.


Davi se destacava com seus atos de guerra e vitórias sobre o filisteus e eram bem aceito por Saul pelo favor feito a nação. O ciúme é um mal que prejudica qualquer boa relação e não seria diferente com um rei. Um simples canto veio pôr fim da paixão entre Saul e David e o início de uma grande perseguição. Os atos e várias tentativas de Saul para matar Davi por causa desse canto veremos nos outros capítulos do livro de primeira Samuel. Um inocente servo perseguido pelo rei o qual ele era fiel.


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