O
livro de Samuel vem mostrando a situação desprezível dos sacerdotes e o começo do
final da família de Eli o sumo sacerdote da época. Josefo nos diz que Eli foi o
primeiro da linhagem de Itamar que assumiu o cargo de sumo sacerdote que durou
até o reinado de Salomão onde voltou para a família de Eleazar. A morte de Eli
fora provocada pela perda da Arca da Aliança pelos filisteus e ficou posta no
templo de Dagom na cidade de Gate. Josefo nos apresenta um ponto de vista
interessante a respeito da arca da Aliança no templo de Dagom. Os relatos nos
mostram que todos os dias ao entrar no templo os sacerdotes viam a estátua caída
ao chão dando, o parecer de que ela estava prostrada diante da arca. Assim, a
gloria e a presença da arca fazia com que mesmo uma estatua de um deus falso
rende-se aos pés do verdadeiro Deus. As cinco cidades da Filístia são as únicas
que os israelitas não destruíram quando conquistou a terra, assim os tornando
inimigos por longo tempo terminando apenas no reinado de Davi com a derrota de
todo o exercito filisteu e dos cinco gigantes que tornava o exercito temido. As
batalhas eram travadas nos campos e nas planícies o costume dos povos antes de saírem
para guerrear era fazer suas orações aos seus deuses para que eles dessem a
vitoria sobre seus adversários.
Era
comum no passado Israel fazer uso da arca da Aliança como demonstração ou arma
de guerra (Nm 31.6 / Js 6.6) ao levarem a arca para o campo eles estavam
dizendo ao exercito adversário que a batalha seria contra o seu Deus e não contra
o seu exercito. O grito de jubilo no arraial israelita faz com os seus inimigos
se assunta ao saber que o deus (representado
pela arca) estava naquele lugar e combateria contra eles. O exercito de
Israel esquecera uma pequena e importante lição. Segundo Eugene Merrill, nos
escritos históricos a arca só poderia ser usada como arma de guerra se o povo estivesse
movido pela fé em Deus e que obedecessem todos os seus estatutos. Não se tem
outra noticia alem de Js 6.6 que ela tenha sido usada como
arma de guerra para enfrentar os seus inimigos. Israel cometera duas falhas
graves perante o Senhor: 1 – Os sacerdotes
estavam impuros e isso anulava toda ação das ofertas prestadas ao Senhor
tornando assim, uma simples e ineficiente arca de ouro no campo de batalha; 2 –
O descaso com a arca, os israelitas
estavam agindo da mesma forma que os pagãos agiam com os seus deuses. Seus
corações estavam distante dos mandamentos de Deus, todos os seus rituais, não passavam
de vãos costumes de adoração sem importância. A arca para os israelitas perdera
o seu valor e significado (Lv 16).
Ao
levar a arca para a sua terra os filisteus acharam que eles tinham derrotado os
deuses dos israelitas, já que era o costume de achar que todo deus tinha uma
representação em forma física (não muito diferente dos dias de hoje). Ao levar
para sua terra Deus os julgou severamente com doenças o que forçou a todos os príncipes
devolverem a arca para a terra de Israel. A perda da arca para os filisteus era
de grande prejuízo espiritual e civil para Israel, através da arca era
ministrado anualmente o sacrifício de perdão pelo pecado do povo. Ela dava o
direito à casta sacerdotal de ter o domínio sobre o povo e julgar corretamente
o povo. Hofni e Fineias não faziam caso dos julgamentos retos por causa de suas
ações não meio da batalha Deus os julgou e acharam-se culpado de morte para com
o Deus Vivo. A prostituição espiritual estava tão grande que mesmo sabendo que
a arca estava em terras israelitas nenhum sacerdote faz questão de levar ela
para o lugar que era dela por direito ficando em Bete-Semes saindo dela apenas
no reinado de Davi (II Sm 6). Outro fator que deixa mais claro o descaso e os
moradores da cidade olharem para o que estava dentro da arca o que provocou a
morte de cinqüenta mil homens (I Sm
6.18-20), deixando assim na casa de Abinadabe.
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