01 de Março - Benção e Maldição ( Dt 28-30)

             
 O livro de Deuteronômio não tem uma seqüência grande de assuntos que se expande por mais de um capítulo além dessa sessão de Dt 27.9 – 29.28 onde é relatadas as bênçãos e as maldições que o povo sofreria caso desobedecesse todas as leis de Deus e não fizesse conforme as diretrizes ordenadas por Moisés. Em Dt 27.9 lemos que “agora vocês serão povo do Senhor.” Lawrence Richards nos diz acrescenta o ponto de que mesmo eles sendo filhos de Abraão, tendo o direito a promessa da terra eles teriam que merecer a herança entregue a seus pais para poderem ser possuidores daquela terra. Cada geração iria enfrentar suas próprias crises de existência e demonstrar ser merecedora da comunhão do seu Deus através das leis postas para serem cumpridas.
               A promessa da conquista da terra seria concretizada para aquela geração e ela teria que reafirmar o pacto com o seu Deus quando eles tivessem conquistado no meio do Vale entre os dois grandes montes pré-estabelecidos por Deus para realizar a cerimônia. A promessa era para ser escrita em pedras e lida no meio do povo todo o qual iriam concordar estando ciente de todas as bênçãos e as maldições de Deus. A representação simbólica do ato era de que eles estavam naquele momento se comprometendo a ser diferente dos outros povos da terra e de serem a luz para as outras nações vizinhas. Todas as bênçãos proferidas no monte Gerizim têm a sua maldição para ser proferida no monte Ebal. Se lermos Dt 28.15-68 notaremos a existência de mais maldições do que bênção para o povo. Apesar de todos os conselhos dados por Deus para que escolhessem a vida (Dt 30.19) e agirem de forma correta como ele estava mandando preferiram as maldições. A lei era resumida em uma única palavra OBEDIÊNCIA era o que Deus exigia do seu povo para que Ele pudesse trazer sobre Israel tudo aquilo que prometera.
Lawrence Richards diz que a obediência traria prosperidade e paz para toda a nação (Dt 28.9-10). Os homens e mulheres que escutaram Moisés proferir todas as essas palavras tinham vivenciado no deserto a provisão e o juízo divino para aqueles que não aceitavam suas instruções e tinham a plena convicção de que Ele era suficiente bom e misericordioso para com os seus se obedecessem. Ao concordar com as suas palavras eles teriam a missão de passar para as outras gerações tudo aquilo que Deus os mandaraeles fazerem (Dt 6.4-9), o verdadeiro significado do Shemá estava no seu concerto com Deus o que tornariam eles diferentes dos povos da terra.
Quem já leu todo o velho testamento sabe muito bem que eles preferiram as maldições que ter a vida de benção que Deus prometera para eles. O descaso das leis divinas não estava somente no meio do povo, mas, também no meio levítico (Jz 17.7-13) e futuramente no meio sacerdotal (I Sm 2.12-17). Os próximos livros (Josué a II Reis) nós observaremos os descaso de todas as leis de Deus no meio do povo que alcançou todas as classes sociais do povo com inicio após a morte da geração que entrou na terra prometida (Jz 20.28).
Deus conhece o coração do homem e é conhecedor das coisas futuras sabia da escolha do povo que os seus descendentes esqueceriam dEle e faria coisas pecaminosas e abomináveis aos olhos de Deus como os moradores de Gibeá fizeram com a concubina do sacerdote (Jz 19) e que todas as maldições que lhes fora prometidas Ele teria que por em execução para provar que Ele não compactuaria com as suas atitudes. O amor de Deus para com Abraão não morreria, Ele jamais negaria a sua promessa que ele fizera (Nm 23.19). A porta de escape Ele deixaria aberta a esperança para o povo se arrepender de seus pecados e voltar à comunhão com Deus. Após o exílio babilônico não temos noticias sobre a idolatria no meio do povo, apesar do descaso da parte dos sacerdotes para com Deus continua grandemente e o descaso com as coisas santas tirando de Deus e usando para si mesmo (Ml 1.8 / Ml 3.8). O reconhecimento de Israel como nação em 1948 é o maior precursor da volta do Messias.

Deus sempre deixará uma porta de escape para o seu povo, mesmo que eles prefiram o erro Ele deixará um ponto de escape. E o conselho de Moisés ao povo era para eles tivessem a sabedoria e evitassem o erro, pois, Deus daria as bênçãos ao seu povo, mas assim como Ele abençoa traria a maldição sobre o povo se fosse necessária.



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