26 de Fevereiro - Autoridades judaicas (Dt 19-21)

       
     
      No decorrer do segundo discurso de Moisés em deuteronômio é aberto duas pausas no meio do assunto da adoração a Deus para se falar da estrutura política do povo na terra prometida. E é exatamente o único livro que nos conta um pouco sobre a forma estrutural de governo tribal e o teocêntrico existente no meio do povo. No deserto vemos muitas passagens que é usados os anciões - os cabeças das famílias - os príncipes das tribos que foi ordenado por Deus para manter a organização tribal e a saída da marcha no meio do povo e os levitas e sacerdotes para cuidarem da parte do ensino religioso e civil no meio do deserto.

1 – Autoridade governamental da terra.

      A organização israelita era bem simples por ser um povo de origem patriarcal tomavam conta das maiores decisões a respeito de todos e o que deveria ser feito e atitudes que deviam ser tomadas para o bem de todo o povo. Em Dt 16 lemos sobre a escolha dos juízes para estarem a frente do judiciário e julgar todos os crimes que estavam previstos na lei e fazer com que ela fosse cumprida. Eles não tinham o dever de ensinar a respeito da lei, já que isso era função dos levitas e dos sacerdotes ao lerem a lei a cada sete anos. Não sabemos a forma como eles foram escolhidos no meio do povo, mas, alguns estudiosos acreditam que tenha sido usada alguma forma dita por Moisés que não está escrito nas sagradas escrituras. Nessa passagem encontramos duas bases de governo os juízes e os oficiais, segundo Champlin os juízes poderiam ser cabeças locais que tinham a obrigação de julgar todas as coisas que estavam dentro da lei e os oficiais empregados ou juízes de menor importância. Jack Deere diz que eles provavelmente faziam parte do conselho dos anciões e eles eram um corpo judicial. Maimôdes (Sanhedrin) fornece uma pequena forma do que seria a forma de julgamento em Israel. Dois pequenos tribunais compostos por 23 homens cada e o Sinédrio com 71 juízes aptos para julgar todo o povo de Israel.
        A eleição de um rei também esta posta dentro do livro (Dt 17.14-20) é o único local na torah que fala sobre a pose de uma pessoa sobre todo o reino de Israel, assim, Deus já previa o final da teocêntria no meio de seu povo ao se contaminarem com os outros povos. John Watts, acha estranho que a passagem sobre a pose de um rei tenha colocado no relato de Deuteronômio antes mesmo do povo conquistar a terra, por causa da maneira de como ele e posta em Dt 17.18-19. A monarquia e o limite posto por Deus do poder dado ao rei perante todo o povo faziam com que fossem diferentes dos demais povos e o mais importante de todas as coisas seria aquele que o Senhor o escolhesse e colocasse sobre o seu povo.

2 - A justiça.

        Em Dt 19 – 21 são capítulos ligados a justiça a qual teria q ser fortemente obedecida pelos juízes, oficiais e reis que governariam todo o povo. A justiça teria que ser justa para todos os infratores tanto para os crimes de homicídios para com os escravos de guerra. Jamais um juiz poderia deixar se levar por interesses próprios ou aceitar propina para levar vantagem sobre aquela causa em que julgava. Lawrence Richards descreve dois pontos importantes para o capitulo dezenove a observados: 1 – o depoimento de duas ou mais testemunhas eram necessária para condenar ou acusar qualquer pessoa; 2 – A falsa testemunha deveria sofre o castigo que ela estava almejando para o réu, sendo executada de forma imediata.
       No tempo de guerra as ordenanças eram restritas e mesmo em tempos assim a primeira coisa a ser levada em consideração era a vontade do Senhor para que Ele tomasse a decisão sobre os seus inimigos. O pedido de paz para com uma cidade seria uma regra geral em todas as suas batalhas com exceção das cidades que Deus os mande destruir por completo. O pedido de paz era uma demonstração a deus que eles não queriam derramar sangue inocente sobre a terra para que assim a terra pudesse ficar em paz e descansar.
         Matthew nos demonstra que nem os crimes sem causa deveriam ficar impunes de atos de justiça. As mortes e assassinatos que não tivera testemunha deveriam ser levado aos anciões das duas cidades mais próximas e a que estivesse mais perto oferecesse sacrifício a Deus dizendo que eles eram inocentes daquele sangue para que não houvesse conseqüências divinas sobre aquele sangue.
      Todas estas leis e observações eram de responsabilidade dos juízes e dos oficiais a reconhecerem e levar a justiça aos que dela precisava.



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