05 de Fevereiro - Um povo Santo (Lv 18-21)

"Porém, vós sois geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, cujo propósito é proclamar as grandezas daquele que vos convocou das trevas para sua maravilhosa luz." 1 Pe 2.9

       Um texto bem conhecido e muito pregado nos templos evangélicos, mas, o que é ser santo? Como se torna uma pessoa santa? O livro de Levítico contendo todas as leis civis, cerimônias e religiosas dos israelitas. Não poderiam ficar de fora o verdadeiro significado do que é ser santo, pois, em muitas passagens Deus nos diz: Sejais santos (Lv 21.7 / Dt 7.6; 14.2,21), palavra “santo” usada no Velho Testamento é derivada da palavra hebraica “Tsadik” que nos dar o conceito de ser separado, ser diferente, ser escolhido por alguém. A nação de Israel tinha o dever de ser um povo diferente dos demais a sua missão era de demonstrar a existência de um Deus verdadeiro e todo poderoso para as nações, um Deus que habitava no seu meio.

 1 – Leis de santidade ao povo.

      Nos capítulos 19 e 20 observamos leis voltadas para a santidade do povo, todas as leis postas dentro desses dois capítulos já eram comuns para os israelitas e muitas delas já eram praticadas por todos. A lei posta nessa seqüência vem servir de advertência para todos os israelitas, porque, os antigos morados – os quais eles iriam exterminar da terra - praticavam tais atos que foram tidos como abominável ao Senhor para se fazer.  Lawrence Richards em seu “Comentário Bíblico do Professor” nos mostra dois tipos de santidade contidos nesse nos capítulos 18 a 27 de Levítico 1 - a Santidade Cerimonial, a qual inclui todos os rituais e sacrifícios apresentados a Deus. Eles não faziam parte só do culto religiosos, mais muitos deles também teriam que fazer parte do dia a dia para poder o sacrifício ser aceito por Deus, através dos sacerdotes que tinham o poder e o dever de ensinar o povo; 2 – Santidade Moral, para Deus poder estar no meio do povo ele precisava estar em comunhão com Ele. O pecado de Adão afastou Deus do homem e através de Israel essa ligação perdida seria restaurada mesmo que por pouco tempo. A santidade de Deus exigia que os seus fossem santos da mesma forma que Deus é (Lv 19.2).
     As leis voltadas para a santidade do povo se misturam com os dez ditos (Dez mandamentos) os quais são a base para todas as outras leis mosaicas contidas na Torah. Deus trabalha tudo dentro dos seus princípios e mandamentos postos por ele o qual nenhum deles ficou de ter outras leis que os completassem ou que fizesse parte dos seus ditos. As leis morais são importantes para todos os povos da terra, pois, é através dela que a ordem e mantida e que seus governos criam leis dentro do código de conduta pré-estabelecido.
       Henry vem nos acrescentar que com o resumo de todas as leis morais e cerimoniais contidas no capítulo 19 demonstra que nenhum povo pode ser ignorante ao respeitos de suas leis e sua forma de culto. O resumo que Moisés relatou nessa parte de Levítico foi um mandamento de Deus para que todos estivessem cientes das leis e que principalmente fossem santos ao Senhor. A santidade seria o fator determinante da separação dos outros povos ao seu redor. Por viver de forma diferente dos outros eles seriam abençoados e se não cumprissem as ordenanças todas as bênçãos seriam transformadas em maldição.

 2 – Leis civis

Um dos assuntos muitos debatidos e que geral muita confusão em muitos países no mundo todo é a pena de morte. O código de leis israelitas tinha dentro dele diversas leis em que os crimes seriam julgados e que a sentença seria a morte. Os primeiros versículos do capítulo vinte vêm falar sobre a pena de morte à cultos a deuses pagãos, o sacrifícios a Moloque, deus dos sacrifícios infantil, é o primeiro da lista que seriam condenados com a sua própria vida, pois, tiravam uma vida que geralmente era o filho primogênito desobedecendo o mandado de Deus para resgatar todos os primogênitos para Deus.
A técnica mais comum e posta no livro de Levítico sem sombra de dúvida é o apedrejamento. Devido à grande quantidade de pedras no deserto da palestina tornava essa punição capital ser a mais fácil de ser executada. Champlin nos relata que muitos dessas leis expostas nessa Capitulo poderia levar qualquer pessoa a morrer por ser mal interpretada. Jesus passou diversas vezes por esse perigo de ser apedrejado e tendo versículos dentro da Torah que permitia o seu apedrejamento em público (Êx 17.4; Nm. 14.10; I Sm. 30.6 conforme João 10.31-33; 11.8).
A outra parte do capítulo vem falar sobre as punições para os casamentos ilícitos contidos no capítulo 18 de Levítico o qual está escrito apenas as proibições e não as suas punições. A santidade é uma forma de viver a escolha que o povo de Israel teria que fazer para que Deus continuasse abençoando-os. Hoje não é muito diferente a igreja tem que ser santa e viver de forma diferente do mundo moderno. Tudo que Deus pois, com as leis morais para os povo de Israel, também fazem parte do código civil de todos os países democráticos espalhados pelo mundo.


3 - A santidade dos Levitas

      Sem dúvida a classe que era para ser mais santa os levitas, Separados por Deus para administrarem toda a forma de culto e levar consigo toda a iniqüidade do povo de Israel em suas costas a santidade não é uma escolha é o dever deles. As leis aplicadas ao sacerdote estão nos capítulos 21 e 22 de Levítico. Os capítulos vêm tratar de sua forma de adentrar no santuário e de como eles deveriam se comportar diante das mais diversas situações como a morte de entes queridos, casamento e o dia a dia concernente a pureza e a impureza. Broadman nos acrescenta que a leis dos sacerdotes fora dita a toda a congregação para que o povo soubesse dos deveres dos levitas e não estranhassem os seus pedidos por terem que viver um padrão diferente do povo. O capítulo 21 até o v 23 mostra como o sacerdote era importante para o serviço de Deus, não podendo ter nenhuma falha para ministrar diante do Altar do Senhor, esse lei de separação fora dado exclusivamente para eles os que eram portadores de doenças físicas no meio do povo podiam apresentar os seus sacrifícios a Deus normalmente, mas o sacerdote com problemas físicos estipulados na lei (Lv 20.16-23), jamais poderiam exercer tal ato, mesmo tendo o seu direito de se alimentar das coisas sagradas.

      O sacerdote tinha poucas opções para se casar sendo diferente do restante do povo, não sendo os casamentos ilícitos o povo poderia se casar com quem eles quisessem ao contrário dos sacerdotes. Mulher prostituta, repudiada (divorciada) por ministrarem ao Senhor e eles serem santos. Para o sumo sacerdote escolhido só restava uma única opção de casamento ser uma mulher virgem do meio de sua tribo, para não haver nenhuma contaminação no meio do povo.


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