12 de Janeiro - O dia a dia na nova terra (Gn 34-36)


      Entre todos os personagens do livro de Gênesis Jacó é de longe aquele que passa mais tempo nas páginas do livro sagrado (Gn 25.24 à Gn 50.13). Podemos dizer que a vida em família e mais uma vez suprimida sobre a forma da educação de filhos a esse respeito. Mas, podemos ter uma vaga ideia de como tenha sido a forma de criação de seus filhos. Desde pequenos Jacó ensinou a todos os seus filhos a trabalharem como pastores de ovelhas (Gn  30.35), se paramos para observar esse versículo podemos dizer que Jacó não tivera um bom convívio com seus filhos, já que todos eles tiveram obrigações desde cedo para com a família. O que gerou briga e ciúmes pois, José o filho da sua amada era tratado do bom e do melhor no junto de seu pai (Gn 37.3). A diferença da forma de criar os filhos vez com que a sua família fosse mal estruturada.

1 - O pacto como forma de traição.

       Josefo nos diz que um dos principais motivos do estupro de Diná foi uma festa realizada na cidade de Siquém e usa o Targum de Johnatan para sua colocação que diz ela teria ido a cidade para ver os costumes e as vestimentas da mulher naquela cidade e foi estuprada por Siquém, príncipe dos siquemitas. Não se diz ao certo de foi um estupro apenas ou um ato de rapto, forma muito usada para se tomar mulheres em casamento (Jz 21.19-23), o consenso dos pais era uma tradição daquela região mesmo com a tomada a força o homem teria que ir até ao pai da moça e dizer que ele a tinha tomado por mulher. Broadman nos coloca que Diná teria concedido em se deitar com Siquém tirando assim, toda a culpa de estupro de cima dele (Gn 35.4), mas, não tira em nenhum momento a ação impensada dele para com a moça.
      O pedido de casamento de Hamom para Jacó o surpreendeu, já que o costume era que os casamentos fossem negociados com os pais antes de ser dada a noiva para o noivo. A reunião com seus filhos pode ter sido uma forma de concertar o relacionamento com eles, ou simplesmente a forma de comunicar a todos que a partir daquele momento seriam um povo e eles se dariam em casamento. A reunião foi decida que só aceitariam se fossem circuncidados iguais a eles. A bíblia não relata se eles foram circuncidados ao oitavo dia conforma Deus ordenara a Abraão, ou se eles foram circuncidados já grandes pois, eles sabiam que ao terceiro dia era o dia da pior dor da circuncisão (Gn 35.25-27).
        A ação provocara temor nos povos vizinhos por causa de Jacó e seus filhos (Gn 35.2) e em Jacó provocara medo do povo ao seu redor (Gn 34.30). A covardia de Jacó sempre foi o seu principal problema sendo assim o grande contraste lutou com Deus (Gn 32.25) mas tinha medo de homens. Após algumas escavações, arqueologos alemães (1913-1925) encontraram a cidade e chegaram a conclusão de era um vilarejo e não uma cidade. Simeão e Levi não precisavam agir de forma covarde usando os seus costumes e o pacto com Deus para se vingarem de todos os moradores de Siquém. Não temos em nenhuma parte dos texto bíblicos que os outros irmãos tomaram parte da atitude levando nos a crer que tenha sido uma ação isolada deles. A grande conseqüência desse ato seria visto lá na frente em sua benção final (Gn 49.5-7).

2 - Volta a Betel.

       Após esse ato Jacó sabia que não poderia ficar naquela região, pois os povos poderiam se vingar de seus filhos e os destruírem. Deus manda ele ir para Betel onde fizera o pacto e o seu concerto de proteção em sua viagem. Estudiosos afirmam que tinha se passado oito anos que Jacó voltara a sua terra natal e não tinha pago o seu voto com Deus. "Tirai os deuses estranhos", para alguns isso representa uma falha na criação dos filhos de Jacó que ão tivera falado sobre o seu Deus ou até mesmo influência ainda do convívio com seus tios e lembranças da Mesopotâmia. Josefo nos diz que nesse momento Jacó encontra os terafins de labão com Raquel (Gn 31.19) e vê que realmente ele tinha todo o direito de estar chateado com Jacó.
      Não sabemos se foi encontrado apenas os terafins de Labão, mas também sabemos que foram roubados, mas o capítulo se refere a argolas que eles as penduravam em seus corpos. Champlin em seu comentário nos dá uma ideia do que seria. 1 - Argolas usadas por homens e mulheres que também serviam para colocarem diante dos ídolos; 2 - Nos leva novamente ao Targum de Johnatan que diz que eram brincos dos moradores de Siquém que tinham imagem de seus deuses.
      A volta para Betel foi muito gratificante pois, em Betel nos vemos agora sim Deus mudando o nome de Jacó para Israel (Gn 35.10)  e confirmando as benção de Abrão e de Isaque sobre a vida de Jacó que agora passa a se chamar Israel. Não sabemos o tempo que ele passou em Betel, mas sabemos que dali ele vai para Eufrata e o seu último filho , Benjamim, nasce e com isso Raquel sua esposa morre durante o parto.  

3 - Ruben e Bila.

      Ruben era o mais velhos tinha o direito sobre todos os bens do seu pais o direito a herança. Em Gn 36 lemos em poucos versículos um que ele não respeitava o seu pai ao ponto de se deitar com uma de suas mulheres (Gn 35.22). Moisés resume todo a história nesse único versículo. As conseqüências na vida de Ruben seriam constantes influenciando a moral perante o seu pai e seus irmãos. A benção dada a Ruben nos diz afirma que ele não estava perdoado por seu pai pelo erro que ele cometera (Gn 49.3-4), mesmo tentando se concertar com o seu pai (Gn 42.36-37) e tentando salvar a vida de José (Gn 37.21-22), mesmo tendo domínio sobre os seus irmão por ser o mais velho ele e a sua descendência perdera o direito de ser o cabeça de todo o povo de Israel, passando para os filhos de Judá (Gn 49.8-12).


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