Após 11 capítulos descrevendo fatos a nível mundial Moises, autor de Gênesis muda completamente o foco do livro e passa a contar a origem de seu povo através de seu patriarca Abrão. Um simples sumério filho de Tera, natural da cidade de Ur do Caldeus, casado com Sarai e sem filhos até aos seus 100 anos de idade. Abrão vivia no meio de um povo politeísta segundo Flávio Josefo em seu livro "História dos Hebreus" diz que Abrão foi o primeiro a acreditar na existência de um único Deus diferente de seu conterrâneos. Josefo ainda continua dizendo que devido a morte de seu irmão Harã, seu pai decide deixar a sua cidade e ir em direção a Canaã (Gn 11.31), onde vivem em Harã o local que Deus chama a Abrão para sair do meio de sua parentela (Gn 12.1). No livro apócrifo de Judite vemos um outro ponto de vista a qual esta relatado "Eles abandonaram a religião de seus antepassados e adoraram o Deus do céu, que reconheceram como Deus. Os caldeus, porém, os expulsaram da presença de seus deuses, e eles tiveram que fugir para a Mesopotâmia, onde ficaram por longo tempo." (Judite 5.8*), por ter deixado de ser politeísta terá e sua família deixa a sua cidade, logo, temos duas versões completamente diferente para o motivo da saída de Terá da sua cidade natal. Observação, não temos provas cientificas de que tanto o livro de Judite como o historiador Josefo estejam corretos sobre os fatos da saída de Terá de sua cidade.
Em Gn 12 vemos o chamado de Abrão por Deus e a promessa de ser feito dele uma grande nação. A partir dessa capítulo acompanhamos o surgimento da nação de Israel o qual fora criada com o intuito de ser o povo separado por Deus para levar aos outros povos o verdadeiro Deus. Os pactos realizados por Deus e as promessas feitas a Abrão estão relatadas em todo o capítulo, onde vemos a promessa de ser: grande, prospero, abençoado, e seria uma benção. Segundo Champlin e Josefo ambos concordam que Abrão tornou-se grande na terra de harã e chegou a ser governador da terra de Damasco onde saiu com todo o seu povo para a terra de Canaã.
*o livro de Judite e considerado apócrifo para os evangélicos e não para os católicos.
1 - Uma fuga para o Egito.
3 - O misterioso Melquisedeque.
Após um tempo no Egito, por causa da grande fome que atingira a terra de Canaã. Abrão volta para a Canaã, juntamente com todo o seu povo e seu sobrinho Ló. Segundo Flávio Josefo é no Egito que Abrão ensina aos egípcios a astrologia e a aritmética, sendo passada pelos egípcios para os gregos anos mais tarde. Não somente a ciência marca a passagem de Abrão pela terra de Mizraim, mas a perda de sua esposa para o Faraó também é um dos fatores determinantes naquele lugar. Com a paixão do Faraó por Sarai, todo o povo fica estéril e Abrão pode ter pela primeira vez registrada as promessas feitas por Deus para a sua vida (Gn 12.3). Após a restituição de sua esposa, ele tem que todos os que por ele fossem abençoados seriam abençoados, E exatamente o que acontece com todos os egípcios que passam a ter filhos após a intercessão de Abrão pelas suas vidas.
O tempo da fome passara e o seu retorno a Canaã e cheio de problemas entre o rebanho de seu sobrinho Ló com os seus pastores que brigam por causa do pasto. Ocorrendo assim a separação de Ló e seu tio. A escolha das planícies do Jordão por Ló traria sérios problemas para ele sendo um homem temente a Deus.
2 - A guerra ganha por servos.
Sodoma era uma cidade grande com um rei poderoso, mas estava sobre domínio de uma outra nação, a revolta para com o seu dominador faz com que a cidade seja destruída e todos os seus moradores levados cativos. Segundo o livro de Melquisedeque, cujo alguns historiadores da sua autoria a Abrão, diz que Abrão temeu em levar todos os seus pastores para a guerra contra os reis assírios, mas ele simplesmente confiou em Deus o qual prometerá que estaria com ele a todo o momento da batalha. Josefo nos conta detalhes sobre a estratégia usado por Abrão, ele diz que a batalha se deu a noite, aproveitando assim, o uso do vinho e do sono de muitos soldados. Com apenas 318 homens ele não destruiu todo o exercito assírio mas, conseguiu por eles em fuga, assim, não dependeu da quantidade ou do treinamento dos homens de Abrão mas sim da sabedoria vinda do alto.
Com o termino do combate e seu sobrinho ló em segurança, Abrão pode retornar para a sua terra e devolver todos os cativos em segurança para a sua cidade.
3 - O misterioso Melquisedeque.
Figura emblemática e por muitos cristãos. No livro de Hb 7.1-4, lemos um pouco mais sobre Melquisedeque um rei sem genealogia, sem pai e sem mãe. A importância para os judeus era muito grande saber a origem de uma pessoa, pois, para ele conhecer o seu passado falava muito sobre a sua pessoa. Josefo e o livro de Melquisedeque chegam a um comum acordo de que o rei ofereceu um baquente para Abrão e seus guerreiros em agradecimento pela vitória obtida contra os reis (Gn 14.18-20). Josefo não entra em muito detalhes sobre a vida de Melquisedeque já que ele vê simplesmente como um rei que foi posto para engrandecer a vida de Abrão e de seus soldados. O livro de Melquisedeque já nos mostra ao contrário que Abrão ao sair vitoriosos vai até a cidade de Salém, onde é bem recebido pelo rei. Por ser bem tratado pelo rei e pelo seu povo Abrão resolve dar todo a sua recompensa que conquistaram durante o caminho da batalha.
Lemos em Gn 14.20 que ele dera dízimo ao rei, mas, dizimo do que? Segundo o livro de Melquisedeque diz que foi de pérolas que Abrão recolhera dentro de um vaso o qual ele levou para a guerra. Mas. segundo Champlin o dízimo dado era de todos os bens que foram recuperados da cidade de Sodoma. Ao ponto da oferta que Abrão dera a Melquisedeque tenha sido 100% da sua parte dos despojos de batalha, já que o mesmo rejeitara a oferta do rei de Sodoma para ter todos os bens para si (Gn 14.21-24).
Com essa atitude de um servo fiel a Deus e a humildade para com os seus. Abrão acha graça aos olhos do Senhor o qual promete um filho para dar decendência a sua geração. Atitudes e ações precipitadas de sua esposa vai gerar consequências inesperadas para ele e para o próprio Abrão.
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