24 de Fevereiro - Dízimos ( Dt 13-15)

O discurso de Moisés é bem instrutivo para os israelitas na nova geração não temos ideia se ao longo desses quarenta anos a lei foi lida ao final de cada ciclo de sete anos como o senhor mandara que houvesse no meio do povo. As leis repetidas servem para enfatizar cada vez mais a importâncias deles para que todo o povo não caísse em desgraça ao entrar na terra e se contaminar com os povos pagãos. As instruções contidas nessa parte são fortes e claras que tem grande importância espiritual e civil para com o povo. O local de culto, o cuidado com os falsos profetas e a idolatria, alimentos e o dizimo para os órfãos e viúvas.

Os falsos profetas e idolatras seriam de grandes laços para o povo de Israel durante o tempo dos juízes e o reinado. Era um dos piores crimes existentes dentro da lei mosaica e que exigia pena capital para todos aqueles que cometessem tal ato. Segundo John Watts os profetas eram pessoas que exerciam grande influência sobre o povo por causa do dom de profecia e pelos sinais demonstrados (I Sm 10.1 / I Rs 13.3). A lei era muito clara para com os idolatras seriam mortos por seus parentes mais próximos que tinham o dever de tirar do meio do povo a vergonha da idolatria a outros deuses independentemente do grau de parentesco.

1 – O local de culto.

O mandamento do Senhor exigia apenas um único local de culto em toda a terra de Israel para prestarem os seus sacrifício e rituais de culto a Deus. Lawrence Richards nos diz que a mesma forma era praticada pelas nações pagãs com a uma única diferença entre as nações. As nações pagãs quando prestavam culto aos seus deuses consagravam ou davam aquele lugar para aquela entidade, assim, existindo vários locais para serem sagrados aos mais diversos tipos de baalins existentes possuindo o próprio altar para prestar o sacrifício. Os povos acreditavam que cada parte do mundo existia deuses que tomavam conta do lugar determinado é que todos os países tinham a sua forma correta de adoração aos deuses, isso foi o que levou aos assírios a buscarem anos mais tarde, após a conquista do reino do Norte.

O tabernáculo tinha a importância muito grande no meio do povo de Israel, pois, ali era prestada toda a adoração a Deus e dentro do arraial ele ficava no centro do acampamento com o objetivo de lembrá-los que Deus os protegia e estava no meio do povo. Na terra prometida o local escolhido foi Siló onde permaneceu até os filisteus destruírem o tabernáculo. Não sabemos como a arca da aliança saiu de Siló antes de sua destruição e não foi capturada pelos filisteus temos os relatos que a arca foi capturada nas terras de Ebenézer (I Sm 4) e passou um tempo nas terras dos filisteus até ser devolvida a terra de Israel. A mudança de culto só ocorreu no reinado de Davi o qual levou a arca para Jerusalém (II Sm 6) e onde Salomão mais tarde construiria ao templo para Deus (I Rs 8).

2 – A importância dos dízimos.

Assunto polêmico sempre no meio evangélico, mas não se tem como não ler Dt 14 sem tocar nesse assunto. O dizimo era ordenança para o povo dar a tribo de Levi já que eles não teriam parte na terra e seria uma casta sacerdotal (Nm 1.47). Como o único verdadeiro proprietário da terra Deus pede para que povo devolva a décima parte de tudo aquilo que ele colhera da terra, e que os animais que abrissem a madre o chamado dízimo e que os levitas eram os principais detentores pro direito dos dízimos. O dizimo podemos separá-los em três partes: 1 - As primícias que eram levadas ao tabernáculo para o mantimento dos sacerdotes. Deus não chama esse dizimo de sagrado, mas sim como uma oferenda obrigatória de todo o povo. 2 – O segundo dízimo, em Dt 14.27-30 vem relatar a importância desses dizimo no meio do povo israelita, ao contrario do primeiro esse era considerado “coisa santa” por se tratar de uma devolução dos levitas, os quais o segundo dizimo era direcionado, comiam no lugar sagrado simbolizando a provisão de Deus para com os levitas. Ele também é chamado de dizimo dos dízimos e 3 – O dízimo destinado aos órfãos, pobres, viúvas e estrangeiros, segundo o livro d de Tobias (Tb 1.7) é o mesmo que o segundo dízimo, mas, tendo a sua função diferente de ser aplicado. Segundo o Talmud o segundo dizimo era mais importante do que o primeiro por suprir todas as necessidades no meio do povo. Esse dízimo segundo tem divididos opiniões de como ele realmente seria efetuado de formas diferentes.  John Gill diz que esse dízimo era distribuído aos pobres da cidade enquanto Aben Ezra nos diz que essa porção ficava na cidade para uso dos necessitados. O segundo dizimo era a forma de reconhecer a gratidão a Deus por suprir tudo que eles precisavam e o ato para prestar culto a Deus através do amor aos necessitados.