31 de Janeiro - O fogo no Altar (Lv 4-6)


Os sacrifícios do primeiro bloco segundo os estudiosos eram os quais o povo estava habituado a fazer perante o Senhor assim como os seus patriarcas faziam na terra de Canaã (Gn 8.20 / Ex 20.4). Deus ordenara a Moisés que os sacrifícios conhecidos fossem passados para os filhos de Arão e o povo não mais poderiam oferecer por conta própria. A separação da tribo de Levi criara um sacerdócio próprio para cuidar das coisas de Deus.  O capítulo quatro nos mostra dois tipos de ofertas a pelo pecado e pela culpa. A grande diferença entre um e outra está mais na colocação das palavras do que propriamente em seu significado. A palavra traduzida como pecado e “hete” que vem do verbo “errar o alvo” logo esses sacrifícios eram para pessoas que conheciam a lei e tinham plena consciência de que ele tinha cometido erros perante a lei dada por Deus ao seu povo.
O capítulo quatro começa claramente falando dos erros dos lideres espirituais, alguns estudiosos vem acrescentar que a primeira categoria se referia somente ao Sumo sacerdote, sendo assim os levitas e os sacerdotes entrando em outra categoria de pessoas. Podemos notar quatro classes distintas de pessoas os sacerdotes (lideres espirituais), os príncipes (líderes governamentais), o povo (todos) e a pessoa (individualmente).

 1 – Ofertas pelo pecado de culpa.

Elas eram formas mais desenvolvidas que as ofertas pacíficas e tinha como finalidade de pedir perdão pelos atos praticados contra pessoas e contra os bens do próximo (Lv 5.14 / 6.7) uma oferta de compensação. Assim também era uma oferta de reconciliação com Deus. Matthew Henry faz a comparação com a igreja atual e nos liga diretamente nesse capítulo mostrando que qualquer líder espiritual pode erra e levar a sua congregação a cometer erros perante o Senhor.
O melhor exemplo sem dúvidas é Acã. Deus mandara que o povo não pegasse nada da cidade de Jericó que deveria ser totalmente destruída. Mas, o pecado de culpa, pois, ele sabia que não lhe era permitido levou todo o seu povo a perder a batalha diante da pequena cidade de Ai. O sacrifício que os sacerdotes ofereceram foi o de culpa pelo povo, pois, eles não sabiam quem tinha cometido o erro até a sorte cair sobre a casa de Acã (Js 7.10-18)

2 – O fogo no altar.

Uma das passagens que os pentecostais mais gostam dentro do livro de Levítico é sem dúvida Lv 6.13 "O fogo arderá continuamente sobre o altar, não se apagará". Mas, porque ele não se apagaria? O fogo era para ser alimentado pelos sacerdotes todos os dias pela parte da manhã retirando as cinzas, mantendo a gordura queimando e pondo nova lenha (Lv 6.9). Um fato curioso podemos observar dentro de Lv 9.24 que o fogo do altar veio diretamente do céu e os homens tinham o dever de manterem ele acesso para todo o sempre, o fato do fogo cair do céu sempre foi comum para os filhos de Israel (I Rs 18.38 / II Rs 1.10,12), esse representava o poder de Deus na terra. A mitologia judaica nos diz que durante o Exílio babilônico alguns sacerdotes conseguiram manter o fogo do altar acesso levando de volta para a sua terra e ficando acesso no segundo templo.

Muitos povos tinham a cultura de terem um fogo eterno em seus templos pagãos Roma, Pérsia e Grécia de onde vem a tradição dos jogos olímpicos de manterem o fogo acesso para pedir proteção aos deuses pelos jogos.

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