Os
sacrifícios do primeiro bloco segundo os estudiosos eram os quais o povo estava
habituado a fazer perante o Senhor assim como os seus patriarcas faziam na
terra de Canaã (Gn 8.20 / Ex 20.4). Deus ordenara a Moisés que os sacrifícios
conhecidos fossem passados para os filhos de Arão e o povo não mais poderiam
oferecer por conta própria. A separação da tribo de Levi criara um sacerdócio
próprio para cuidar das coisas de Deus. O capítulo quatro nos mostra dois tipos de
ofertas a pelo pecado e pela culpa. A grande diferença entre um e outra está
mais na colocação das palavras do que propriamente em seu significado. A
palavra traduzida como pecado e “hete” que vem do verbo “errar o alvo” logo
esses sacrifícios eram para pessoas que conheciam a lei e tinham plena
consciência de que ele tinha cometido erros perante a lei dada por Deus ao seu
povo.
O
capítulo quatro começa claramente falando dos erros dos lideres espirituais,
alguns estudiosos vem acrescentar que a primeira categoria se referia somente
ao Sumo sacerdote, sendo assim os levitas e os sacerdotes entrando em outra
categoria de pessoas. Podemos notar quatro classes distintas de pessoas os
sacerdotes (lideres espirituais), os príncipes (líderes governamentais), o povo
(todos) e a pessoa (individualmente).
1 – Ofertas pelo pecado de culpa.
Elas
eram formas mais desenvolvidas que as ofertas pacíficas e tinha como finalidade
de pedir perdão pelos atos praticados contra pessoas e contra os bens do
próximo (Lv 5.14 / 6.7) uma oferta de compensação. Assim também era uma
oferta de reconciliação com Deus. Matthew Henry faz a comparação com a igreja
atual e nos liga diretamente nesse capítulo mostrando que qualquer líder
espiritual pode erra e levar a sua congregação a cometer erros perante o
Senhor.
O
melhor exemplo sem dúvidas é Acã. Deus mandara que o povo não pegasse nada da
cidade de Jericó que deveria ser totalmente destruída. Mas, o pecado de culpa,
pois, ele sabia que não lhe era permitido levou todo o seu povo a perder a
batalha diante da pequena cidade de Ai. O sacrifício que os sacerdotes
ofereceram foi o de culpa pelo povo, pois, eles não sabiam quem tinha cometido
o erro até a sorte cair sobre a casa de Acã (Js 7.10-18)
2
– O fogo no altar.
Uma
das passagens que os pentecostais mais gostam dentro do livro de Levítico é sem
dúvida Lv 6.13 "O fogo arderá continuamente sobre o altar, não se apagará". Mas,
porque ele não se apagaria? O fogo era para ser alimentado pelos sacerdotes
todos os dias pela parte da manhã retirando as cinzas, mantendo a gordura
queimando e pondo nova lenha (Lv 6.9). Um fato curioso podemos observar dentro
de Lv 9.24 que o fogo do altar veio diretamente do céu e os homens tinham o
dever de manterem ele acesso para todo o sempre, o fato do fogo cair do céu
sempre foi comum para os filhos de Israel (I Rs 18.38 / II Rs 1.10,12), esse
representava o poder de Deus na terra. A mitologia judaica nos diz que durante
o Exílio babilônico alguns sacerdotes conseguiram manter o fogo do altar acesso
levando de volta para a sua terra e ficando acesso no segundo templo.
Muitos
povos tinham a cultura de terem um fogo eterno em seus templos pagãos Roma,
Pérsia e Grécia de onde vem a tradição dos jogos olímpicos de manterem o fogo
acesso para pedir proteção aos deuses pelos jogos.
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