22 de Janeiro - Deserto (Ex 15-18)



      Deserto para muitos pregadores é o lugar de prova e de mudança, mas para o povo de Israel ele foi a sua nação e seu país. A peregrinação de quarenta anos para que um geração má e com os costumes do Egito pudesse morrer e não entrar na terra prometida. Após abertura do mar de Juncos perante os olhos do povo de Israel e a morte do exército egípcio um clima de festa e vitória tomou conta de todos. O capitulo 15 de êxodo temos dois cânticos um de Moisés e outro de Mirian todos eles engrandecendo a presença e a glória de Deus.
      Apesar de que muitas denominações atuais critiquem a dança em sua forma de culto elas muito comum na adoração a Deus. não somente Mirian dançou mas também temos o exemplo de Davi (II Sm 6.14) e os salmistas também levavam ao povo a celebrar com danças (Sl 150.4). As festas israelitas sempre foram cheias de danças e de adoração a Deus, atos completamente espontâneos que engrandeciam a Elohim.

1 - Murmuração.

       As margens do Mar vermelho não era a sua habitação tinham uma longa viagem e era necessário enfrentar o deserto de Sur. A falta de água é comum no deserto e com as altas temperaturas fazem com que o corpo perca líquido rapidamente. A falta da provisão de água acabara e as águas de Mara onde eles habitavam era amargas. Josefo nos diz que Moisés estava muito angustiado com a situação de seu povo, pois, ele não sabia como resolver e todo o povo recorrendo a ele para encontrar uma solução para aliviar a sua sede (Ex 15.23-26). A sede seria umas principais causa da murmuração contra a liderança de Moisés e contra Deus ao longo de todo a sua jornada seria comum eles não encontrarem ou não terem água para tomara durante toda a viagem. Em Ex 17.1-7 temos a segunda das três faltas de sede relatadas na Toráh (Pentateuco) nas duas últimas não tinham nenhum poço para que a água pudesse ser transformada apenas rochas (Ex 17.1-7 / Nm 20.2-13). O pedaço de madeira serviu para tirar toda a acidez da água e torná-la potável. Algumas árvores tem efeito medicinal Deus ao mostrar a árvore para Moisés possa ser, segundo os grandes estudiosos, que aquela árvore trouxesse toda doçura para a água sendo assim, um simples gesto medicinal e não necessariamente um milagre.
       A sede seria um problema constante ao longo de toda a viagem, mas, Moisés teria que enfrentar mais um grande problema a fome. Assim como a sede o alimento sólido e de extrema importância para a vida humana. Eles não podiam plantar já que estavam em constante mudança de local até chegar em seu destino final. A provisão de alimento duro aproximadamente 75 dias conforme Ex 16.1, o que fazer em pleno deserto sacrificar seus animais?  O capítulo 16 nos mostra as duas forma de alimento que o Senhor provera todo o povo para suprir a sua necessidade. Apesar da carne só está ligada a um versículo dentro dentro de êxodo (Êx 16.8). De acordo com McCullough, “As codornizes da região do Mediterrâneo hibernam na Africa e migram para o norte em grandes bandos na primavera... Este é um voo exaustivo, e é feito em etapas. Quando esses pássaros pousam para se refrescar e descansar, são apanhados facilmente". Josefo nos acrescenta a respeito do Maná é que Moisés orava a Deus com as mãos levantadas aos céus e como resposta começa a cair um orvalho que quando chegava próximo do solo ele ficava maior. Moisés entendeu que aquele era o alimento Elohim estava dando ao seu povo, ao provar ele percebe que tinha o gosto do mel e que era um alimento novo vindo diretamente da parte de Deus. O Maná era uma semente do tamanho de um grão de coentro que se derretia quando o Sol esquentava (Ex 16.14,21).Josefo ainda nos afirma que ainda existe o Maná nos dias de hoje alguns estudiosos pesquisaram locais na Península do Sinai e constaram que Em certo período do ano, ele seria formado da tamarqueira de sua secreção, após grande períodos de chuva. e que possui o tamanho de uma ervilha. Alguns cientistas acreditam que dependendo do dia a pessoa possa colher mais de meio quilo desse maná. Mihelic conclui com essa descoberta que ele pode ser um fenômeno próprio do deserto com a mistura de alguns fatores determinantes, chuvas e ervas secas.

2 - Amaleque e as mãos de Moisés (Ex17.8-13).

      O povo precisava estar apto para enfrentar dificuldades e lutas grandes. Josefo nosso historiador conta que a fama do povo israelita já se fazia grande entre todos os povos da terra (Js 2.9-11). E muitos povos se reuniram para combater o povo e destruí-los completamente. Mais uma vez nos deparamos com uma briga de familiar dentro dos relatos bíblicos. Amaleque era neto de Esaú (Gn 36.12) ao contrário do que Champlin nos apresenta que eles era parentes dos idumeus descendentes de Esaú. Eles eram uma tribo de nômades mas que segundo Josefo tinham construídos cidades próximas a cidade de Petra. Nesse contexto e clima de tensão nos é acrescentado a figura de Josué o qual seria o substituto de Moisés no comando de todo o povo e conquistaria a terra prometida.
      O povo era de escravos não tinham experiências em guerra contra povos maiores e bem mais preparados que ele. A mão poderosa de Deus e a intercessão de Moisés no monte garante a vitória do povo de Israel. Josefo em seu livro "História dos Hebreus" diz que Moisés sabendo da grande ameaça de guerra reúne todo o povo e os fazem lembrar de todas as coisas que Deus já tinha feito a eles e que Ele também o livraria mais uma vez dos seus inimigos, mas, que eles fossem destemidos e corajosos e fieis ao seu comandante em batalha. A vitória da intercessão e das mãos levantadas, Moisés com mais de oitenta anos precisaria de ajuda para manter as suas mãos erguidas e seus amigos Arão e Ur os ajudaram e mantiveram firmes suas mãos durante toda a batalha.

      A viagem se aproxima do Monte Sinai, onde Deus se manifestaria diante da presença de todo o povo, Jetro, sogro de Moisés vai ter com ele para saber de todas as novidades e o aconselha a colocar lideres sobre todo o povo, ensinando os a resolver as pequenas causas e que as grandes chegassem ao seus pés. Começando assim a linha política do povo de Israel que nunca deixou de ter os seus anciãos como centro de todas as decisões.

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