21 de Janeiro - Mar Vermelho (Ex 12 - 14)


      Antes da décima praga ocorrer de fato. Moisés nos leva a um outro evento importante para nossas vidas e crença e a três atos muito importante para os judeus até os dias de hoje. A saída estava certa e a última praga já estava anunciada. Ao contrário das pragas que separaram os egípcios do hebreus essa também poderia afetar aos filhos deles. A pesar de não termos relatos concretos e históricos possa ser que muitos egípcios e outros povos sabendo que não acontecera nenhuma das outras pragas na terra Gosén pudessem ter se mudado para a região.
      O anjo destruidor iria passar por toda a terra e destruir todos filhos primogênitos tanto de homens como os de animais. O sinal dado por Deus para que os seus filhos (hebreus) se salvassem é ensinado a Moisés que repassa para todo o seu povo. Em Ex 12.37-40 observamos que o povo de Israel não saiu só do Egito mas teve uma grande mistura de gente com eles saindo daquela região. Provavelmente outros escravos que não estavam satisfeitos mais com a vida que eles levavam no Egito e que serviriam para os israelitas de pedra de tropeço.

1 - Instituição das festas.

      Antes da décima praga Deus dá ordenanças para o povo a celebração da Páscoa. Alguns estudiosos acreditam que ela já existia antes da escravidão e que eles tenham se esquecido de comemorar e as outras duas  ocasiões são as festas dos pães asmos (a festa a qual se dava após a Páscoa) e a consagração dos primogênitos para o Senhor.  No livro de Dt 15.19 -16.8 vemos essas três festas como sendo apenas uma única festa enquanto, no livro de Levítico vemos apenas duas festas a Páscoa e so Pães Asmos permanecendo (Lv 23.4-8).

1.1 - A páscoa.


       A páscoa para nos cristão também é importante e vem carregando um simbolismo ao nosso Cristo onde vemos nele a representação do Cordeiro (Jo 1.29). Entrando um pouco na cultura judaica podemos observar alguns parâmetros do Cordeiro Páscoal com o nosso Cristo. Um dos pontos mais importantes era que ele tinha que ser sem defeito, assim como o animal do sacrifício (Lv 22.19-20 /  Ex 12.3-6) e não poderia ter nenhum osso quebrado (Ex 12.46). Jesus o nosso Cordeiro Pascoal (I Pe 1.19 / Jo 1.19), assim como é o primogênito de Deus (Is 53.7 / Cl 1.15) não teve seus ossos quebrados alcançando assim o sacrifício perfeito.
      Além de uma celebração e festa a Páscoa poderia ser considerado com o passar dos anos um jantar de confraternização entre amigos ou até mesmo parente próximos onde servia para lembrar a liberdade. Assim, todo o ritual era celebrado e contado a história da saída do Egito pois, Páscoa vem de Pesach que significa Passagem, coxear e saltar (II Sm 4.4 / I Rs 18.21,26). A separação do cordeiro ao décimo dia segundo o comentário de Broadmam se tinha a influência e levava a se acreditar que ele fosse um número sagrado, pois era o mesmo dia da expiação do por pecado (Lv 23.27) e no Islã o décimo dia do décimo segundo mês é o dia do sacrifício, a ida a Meca.

1.2 - Pães asmos.

      A segunda festa se dava após os 14 dias de Páscoa, com sete dias de duração (15 a 21 de Nisã - Abril/Maio). O seu significado era mais simbólico representava os quatrocentos anos de sofrimento no Egito. O pão era completamente sem fermento e sem levedura. O matsah (o pão asmo) ele também era usado em alguns rituais e sacrifícios específicos. Champlin em seu comentário nos diz que a festa dos pães asmo era uma festa para celebrar a colheita da cevada e após esse período passou a ser unificada com a páscoa apesar de Lv 23.6 / Nm 28.17. A união entre a páscoa e a festa dos pães asmo recebe o nome de Mazzot, pois, era festa comemoradas próximas totalizando 21 dias de celebração. A festa dos pães asmos não era simplesmente uma festa religiosa mais sum uma semana "shabatica" (semana de descanso) onde só poderia fazer a comida para aquele dia e nenhum outro trabalho era permitido se fazer.

1.3 - A consagração dos primogênitos.

       Os primogênitos do Egito são mortos pelo anjo destruidor na décima praga sendo a morte deles o principal motivo da saída dos Hebreus da escravidão. O sangue do cordeiro da páscoa nos umbrais das partas salvaram todos os primogênitos da décima praga de Deus pede para que eles sejam consagrados a Deus. A consagração não foi feita no mesmo dia mas, após a separação da tribo de Levi para serem santos ao Senhor (Nm 3.11-13). Não somente os filhos dos homens teriam que ser consagrados ao Senhor mas todos os animais que os israelitas teriam que abriria a madre de uma fêmea através do sacrifício.

2 - Mar Vermelho.

      A saída do Egito fez com que o povo fosse em direção ao Sul do Egito evitando assim que ao ver a guerra eles quisessem voltar para o Egito (Ex 13.17-19). Os relatos de Êxodo 14.1 nos diz que o povo voltou e parou perto de Pi-Hairote entre Migdol e o Mar. O povo não estava só era guiado por uma nuvem durante o dia e uma coluna de fogo a noite. Segundo o comentário de Broadmam estudiosos dizem que esse fenômeno natural pode ter ocorrido por causa de um erupção vulcânica na terra de Midiã ou uma figura personificada do próprio Deus. Faraó fica sabendo da fuga do escravos e resolve ir atrás deles e os encontra (Ex 14.5-12). Josefo cega a dar o número de 200 mil soldados prontos para destruir todo o exército de Israel. A primeira vez que o povo e posto a prova pede para voltarem ao Egito (Ex 14.12) e Moisés tem ali uma prova de como seria os seus próximos quarenta anos.
      Em Ex 14.15-31 relatam a passagem do povo no meio do mar vermelho, umpoderoso vento dividiu as águas do mar e vez com que o povo atravessasse o riopelo meio das águas a seco. Na cultura judaica, chega a se afirmar que o mar dejuncos foi dividido em Doze partes, uma para cada tribo. Pesquisadores doCentro Nacional de Pesquisa Atmosférica dos Estados Unidos e da Universidade doColorado mostraram como o movimento do vento descrito na Bíblia pode ter, defato, afastado as águas e permitido a passagem de Moisés e o restante de seupovo. Simulações feitas em computador mostraram que ventos forte vindos doleste, soprando durante toda a madrugada, poderiam ter “partido” as águas emuma região onde um afluente antigo do rio Nilo teria se fundido com uma lagoacosteira no Mar Mediterrâneo. Os ventos fortes teriam empurrado a água fazendosurgir uma passagem, sendo assim considerado, um fenômeno natural, epossivelmente plausível. O fato de nunca mais se ter noticias que o afluente doNilo ou qualquer outro mar tenha seca durante uma noite isso leva a crer napoderosa mão de Deus.
     Vitória sobre o seu inimigo e a liberdade e o começo de um povo livre o Mar de Juncosa grande demonstração do poder de Deus sobre todas as coisas. Israel livre da escravidão e indo busca a sua terra prometida. Não seria fácil a jornada que levaria menos de um ano para chegar em sua terra passaria 40 anos em pleno deserto aprendendo a ser moldado pelas mãos de Deus para viver em santidade.

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