A partir do capítulo trinta e quatro de Números podemos
considerar que são os últimos relatos da vida de Moisés e ordenações ao povo.
Leis civis, morais, religiosas definidas. O limite da terra é repassado nesse
ultimo bloco de 1u capítulos do livro, onde observamos todos os limites da
terra (Nm 34) e o capitulo trinta e cinco fala sobre as cidades de
refúgios, onde os assassinos poderiam recorrer a elas para espera um justo
julgamento sem correr o risco de morte do vingador do sangue.
1
- O sistema judicial mosaico.
Para entender as cidades de refugio
precisamos compreender o funcionamento do sistema judicial tribal de Israel.
Todas as tribos tinham que ter os seus juízes que deveriam julgar retamente
todos os casos e sem a aceitação de corrupção (Dt 16.18-20) e em casos
mais complicados tinham q ser levados para os sacerdotes que consultariam a
Deus pedindo uma correta direção sobre o caso em questão (Nm 17.1-17 / 19.15). O
processo todo era bem definido e completamente diferente dos códigos civis
modernos. Para os crimes de roubo estava mais baseado na devolução do que no
encarceramento da pessoa (Ex 22.1-15). Os crimes de morte
seguiam a chamada lei do talião “olho
por olho dente por dente,” cada crime que fosse cometido contra o seu próximo a
pessoa que cometera o ato teria que sofre o mesmo castigo para mantivesse a paz
na terra. Em casos de crimes de morte ocasionalmente existiam as cidades de refúgios,
lugares onde os assassinos cumpririam suas penas naquele lugar até a morte do
sumo sacerdote podendo voltar para a sua casa, somente após isso. Caso o infrator
fosse pego fora da cidade de seu exílio, o parente mais próximo da pessoa podia
se vingar daquela pessoa e ficar impune, pois, estava obedecendo à lei mosaica.
Para condenar alguma pessoa os anciões que faziam parte do conselho tinham que
reunir duas ou mais testemunhas que tinham visto realmente o crime acontecer
para poderem tomar a devida atitude para com o réu. Lawrence Richards nos vem
acrescentar em seu Comentário Bíblico do Professor
“O vingador do sangue da família não era o guarda-costas ou o detetive particular da família. Em Israel, a justiça era obrigação da comunidade. Não havia policia. Por isso, o responsável primário pela execução do assassino era o membro da comunidade atingido mais diretamente pelo crime, ou seja, um parente da vitima. Se matasse o criminoso, não seria assassinato. Amparado pela Lei, estaria cumprindo o papel de executor e contribuindo para purificar a comunidade.
Existiam seis cidades refúgios
que seriam para a habitação dos assassinos involuntários que se recolheriam para
aquelas cidades onde moraria para garantir que pudesse viver. Podemos
considerar que as cidades refúgios eram penitenciarias sem portas onde, as
pessoas que cometessem algum crime por livre e espontânea vontade se dirigiam
aquele lugar para pagarem suas dívidas e escaparem da sua morte. Para alguns
criminosos podia se tornar uma prisão perpétua já que dependia da morte do sumo
sacerdote para que ele se livrasse da culpa do seu crime.
2 – O casamento de herdeiras.
Josefo
nos diz que Zelofeade ou Zalfate
era um dos mais ilustres filhos de Manasses, o qual morrera no deserto e não
tinha gerado filhos somente filhas (Nm 27.1-9). O pedido para que elas
herdassem terra no meio de seus tios foi justo para o Senhor o que gerou certo ciúme
em seus tios e parentes mais próximos devido a herança poder ser diminuída no
ano do jubileu caso elas se casassem com homens de outras tribos. Segundo John Joseph Owens os anciões da tribo
de Manasses não viu nenhum problema em dar herança às filhas, mas, para manter
a ordem e a terra permanecessem em sua tribo e que o nome de Zelofeade pudesse
permanecer entre seus parentes foi estipulado o casamento levirato, já que a herança
era deixada para os filhos que mantinham o nome do pai e não para as filhas
quando se casam deixar de dar continuidade ao nome do pai e dá origem ao nome
de seu marido.
Champlin
nos acrescenta em seu comentário do livro de Números:
“Essa última disposição legal do livro de Números serve para sublinhar quão próximas, na mente primitiva, estavam as pessoas de suas possessões. Roupas e ornamentos, bem como terras e propriedades, eram considerados, em certo sentido, participantes da personalidade de seu proprietário. Quando Jônatas presenteou a Davi roupas e armas, ele estava dando algo de si mesmo. Uma tribo, pois, não podia permitir que suas propriedades passassem para outra tribo, pois isso seria dar parte de si mesma, fazendo esvair-se a sua própria vida”
Assim, termina o livro de Números com todas
as instruções e leis definida por Deus e entregue a todos os homens que
entraram na terra prometida.
Muito edificante. .Que Deus continue te usando para levar conhecimentos aos leigos da palavra de Deus ....obrigado bom DIA fica na doce paz do senhor Jesus
ResponderExcluirDivulgue o blog obrigado pela sua participação.
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