Os capítulos sobre as
leis a cerca da doença da lepra vem quebrar a seqüência de rituais e leis
contidas no livro de Levítico. As leis sobre a purificação da mulher pós-parto
e a apresentação dos seus filhos diante do sacerdote abrem um parente para as
regras do dia da expiação. O capítulo 16 começa com instruções divinas para que
Arão tomasse cuidado ao entrar no lugar santíssimo para que ele não fosse
consumido diante dos olhos do povo como os seus filhos mais velhos foram diante
da presença de Deus. A falha de Nadabe e Abiú repercutiria muito tempo depois
de sua morte e leis específicas para evitar esse acontecimento novamente foram
dadas aos sacerdotes.
1
– A entrada com sacrifício.
A entrada no lugar
santíssimo exigia um sacrifício de sangue pelo sumo sacerdote e outro pelo povo
para conseguir a liberação a presença do Senhor. A vida do sacerdote
representava a vida do povo, ele não tinha somente a função de ser mediador do
povo até Deus, mas, o principal dever era de ensinar e assim, a vida espiritual
de todo o povo dependia exclusivamente de como era a vida do sacerdote. O
desprezo de Israel para coisas santas partiam dos sacerdotes o que falar dos
filhos de Eli (I Sm 2.2-12,17-22 / 3.13), assim como eles agiam de forma
errada para com todo o povo era necessário que eles pedissem perdão anualmente
pelos seus pecados e suas falhas para com Deus.
Um dos poucos feriados
judaicos dentro do calendário religioso, dia de santa convocação e dia de
perdão o Yom Kippur. O dia em que entrava no Lugar Santíssimo a visita a
presença do Senhor no meio da congregação, dia especial para o Sumo sacerdote
que tinha o dever de todos os rituais daquele dia. A preparação era diferente
dos outros dias, era feita duas cerimônias rituais diferentes para este dia. 1 –
Os sacrifícios pela vida do sacerdote,
sacrifício pelo pecado e outro para holocausto (Lv 16.3) o mesmo teria que se
apresentar completamente limpo passando pelo ritual de lavagem para ser considerado
puro, um tipo de batismo emergido em água. 2 – Os sacrifícios pelo povo, esse era apenas dois bodes um
representando os pecados do povo e outro para ser bode emissor (Lv 16.5), que
era enviado para o deserto e simbolizava o esquecimento de todos os erros do
povo. O ritual do dia da expiação só estava completo quando o bode expiatório era
enviado para o deserto.
Apesar de todo esse
ritual fora da tenda do tabernáculo o sumo sacerdote só poderia entrar diante
da Arca da Aliança onde Deus iria falar com o sacerdote (Lv 16.2). A parte cerimonial
o sumo sacerdote tinha que encher todo o lugar com a fumaça do incenso próprio
do tabernáculo, levar um pouco de sangue do bode do pecado do povo para ser
jogado no propiciatório. A bíblia nos diz que Deus iria falar com Moisés em
cima do propiciatório (Ex 25.22), não temos nenhum relato ou cerimônia
específica para a entrada de Moisés diante da Arca da Aliança sendo apenas para
os sumos sacerdotes o ritual completo.
Segundo o comentário do
Ph. D R. N. Champlin, o propósito desse dias que ocorre até os dias de hoje no
nono dia de Tsiri até o décimo dia de Tsiri era para que nenhum pecado ficasse
sem ser perdoado e nos leva ainda além da cerimônia o simbolismo da morte de
Cristo fazendo a expiação sendo assim o Cordeiro de Deus (Jo 1.29). O interessante
é que pela lei mosaica original era o único dia de Jejum estipulado e no
período de vinte e quatro horas. O ritual simbolizava a confissão de pecados,
arrependimento e reconciliação com Deus.
2 – Casamentos ilícitos.
As leis civis não
poderiam deixar de fora as leis sobre o matrimônio como também os castigos para
quem cometesse uma das coisas ilícitas. O capítulo 18 de Levítico vem tratar
justamente sobre todas as uniões permitidas e proibidas. O casamento entre as
nações vizinhas não tinham regras específicas podendo assim, qualquer pessoa se
casar com quem ele quisesse até mesmo com a sua própria irmã ou meia irmã como
é o caso de Abraão (Gn 20.12). O capítulo segundo Champlin vem falar a respeito
a práticas que Deus não aceitaria no meio do seu povo o quais todas as nações
praticavam (Lv 18.30). Os casamentos entre parentes próximos (pais e filhos,
tios e sobrinhos) em muitos países são proibidos e considerados crimes em
muitos países modernos tendo como base o código mosaico e o forte domínio da
igreja católica na época. Não somente os entre parentes mas, também vem
abominar as relações homossexuais que era muito praticado na terra de Canaã, o
pansexualismo e outros relacionamentos que vemos até os dias de hoje.
O detalhamento dos casamentos
será melhor trabalhado para frente nos livros de Números e Deuteronomio.
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